Denis Strum

Growth Marketing para E-commerce: 7 Estratégias Práticas

Realizar vendas online transformou-se num desafio estimulante, principalmente quando vejo diariamente o bombardeio de novidades, tendências e termos que surgem. Você já deve ter ouvido falar bastante sobre growth marketing para e-commerce, mas raramente vejo discussões que vão além da superfície. E acredite, depois de mais de 15 anos atuando com negócios digitais e liderando estratégias na Selia Full commerce, é impossível não afirmar: quem permanece preso ao marketing “raiz”, acaba ficando para trás.

Minha intenção aqui é simples: mostrar, com exemplos e vivências, por que o growth marketing é diferente de tudo que você praticou no passado e deve, desde já, ser o motor do seu e-commerce. Vou passar pelos fundamentos, comparações com abordagens antigas, casos práticos e, acima de tudo, sete estratégias fáceis de implementar no seu negócio. Não importa se é startup, operação consolidada, ou um varejo físico dando seus primeiros passos no digital – já acompanhei todos esses cenários e aprendi muito com cada um.

Vender online é mais ciência do que sorte.

O que é growth marketing no e-commerce e por que se fala tanto sobre isso?

Se alguém me pergunta qual a diferença entre growth marketing, marketing digital tradicional e até mesmo growth hacking, costumo explicar assim:Growth marketing é o método que busca crescimento consistente, usando dados e experimentos contínuos para decidir onde investir energia, criatividade e dinheiro.

No marketing tradicional, normalmente se define um plano, executa campanhas e aguarda meses pelos resultados. É uma lógica quase publicitária, focada em criar desejo e notoriedade, mas pouco atenta no ajuste de rota em tempo real. Já o growth hacking é famoso pelos “truques” de alavancagem rápida, mas, sinceramente… vejo como uma abordagem ótima para experimentos rápidos e iniciativas de curto prazo, mas muitas vezes rasa para negócios que precisam de evolução constante.

No cenário do varejo online, especialmente, vejo o growth marketing como um ecossistema: os dados são o combustível, a automação é a engrenagem, os testes são a bússola e a experiência do cliente, a direção principal. Essa combinação promove uma cultura muito mais adaptativa – e é isso que permite vender mais, reter melhor e escalar, sem deixar a qualidade cair.

Os pilares do growth marketing para o varejo online

Antes de entrar nas estratégias práticas, acho importante deixar claros alguns fundamentos. São eles que definem o sucesso – qualquer estratégia só funciona de verdade se esses pilares estiverem bem estabelecidos internamente.

  • Uso intensivo de dados: Decidir no “achismo” ficou fora de moda. Acompanhar métricas exige disciplina e ferramentas adequadas. O crescimento só acontece quando conseguimos medir, comparar, e testar hipóteses reais, não palpites.
  • Adoção da automação: Automatizar processos não é apenas sobre e-mails disparados ou um chatbot no site. Falo de integrações entre canais, personalização dinâmica e processos de vendas inteligentes.
  • Testes A/B e experimentação contínua: Não importa se sua loja é pequena ou gigante: sempre há espaço para testar mudanças incrementais. Growth marketing só existe onde o erro faz parte do aprendizado.
  • Olho atento à jornada completa: Acabou o tempo em que a missão era apenas trazer tráfego ou “converter leads”. O foco aqui é criar experiências que entregam valor do início ao fim.

O crescimento é resultado do ciclo: hipótese, experimento e aprendizado.

Sete estratégias práticas para impulsionar growth em e-commerce

Nessa próxima parte, vou compartilhar as estratégias que mais geraram resultado quando aplicadas, seja conduzindo projetos na Selia Full commerce ou em consultorias para marcas de variados segmentos. Não espere fórmulas milagrosas, mas técnicas que, quando bem executadas, fazem diferença.

1. Segmentação avançada usando análises de cohort

Quando ouço falar em segmentação, vejo muita gente ainda separando clientes apenas por idade ou região. Isso é só o começo. Nos projetos que lidero, segmentamos não apenas “quem são”, mas “quando e como compraram”, usando análises de cohort (coortes). Isso permite:

  • Identificar grupos que compraram em determinado mês/campanha e acompanhar seu comportamento e recorrência.
  • Personalizar ofertas e comunicações com base em comportamentos específicos (por exemplo: clientes que só compram em datas promocionais, ou aqueles fiéis ao ano inteiro).
  • Ajustar investimentos entre aquisição e retenção, tornando o CAC (custo de aquisição) mais certeiro.

Ferramentas como Google Analytics, Segment e painéis integrados ao seu CRM tornam essa análise bem mais acessível, mesmo para operações que não dispõem de squads gigantes.

Painel com gráficos de cohort para e-commerce

2. Personalização de campanhas e ofertas

Personalizar não é apenas colocar o nome do cliente no e-mail. Eu busco usar os dados disponíveis para criar experiências realmente diferentes para cada segmento.

  • Ofertas baseadas no histórico de navegação, itens deixam no carrinho, últimas compras, valor gasto e até tempo médio entre pedidos.
  • Campanhas de WhatsApp e SMS com conteúdo exclusivo, baseadas em gatilhos comportamentais, apelando sempre a relevância.
  • Páginas de produto dinâmicas, onde banners, recomendações e até descontos mudam de acordo com o usuário logado.

Poucos ajustes na personalização podem aumentar muito as taxas de conversão e o ticket médio. O segredo é não exagerar, respeitando a privacidade e sempre oferecendo uma vantagem real para o cliente.

3. Automação de e-mails e integração com CRM

Automação não é só disparar newsletter semanal. Procuro sempre criar fluxos que acompanham o cliente em toda a jornada, como:

  • E-mails de boas-vindas segmentados por origem do cadastro.
  • Séries de e-mails para quem abandonou o carrinho, e-mails pós-venda com pesquisas NPS e recomendações de novos produtos.
  • Rotinas de reativação automática para clientes inativos, ajustadas por frequência desejada e histórico individual.
  • Integração com CRM para identificar leads quentes e acionar o time comercial quando fizer sentido.

Automação gera escalabilidade sem perder o toque humano.

Ferramentas como RD Station, ActiveCampaign ou até integrações diretas com plataformas de e-commerce tornam possível criar fluxos inteligentes, sem precisar de codificação avançada.

Fluxo automatizado de e-mails para e-commerce

4. Integração entre SEO e mídia paga (SEM)

Integração entre canais ainda é rara. O comum é ter equipes isoladas, mas o crescimento real pede outra postura. Eu costumo trabalhar assim:

  • Analisar gaps do SEO para direcionar parte do orçamento de mídia paga e vice-versa.
  • Usar dados de pesquisa paga (palavras que convertem) para criar conteúdos qualificados em blog e páginas de produto.
  • Refinar anúncios com insights vindos do comportamento orgânico, impulsionando páginas com melhor taxa de engajamento.

Quando SEO e mídia paga se complementam, o custo por aquisição cai e a visibilidade cresce do jeito certo.

5. Remarketing inteligente e multicanal

Não existe experiência mais frustrante do que ser perseguido por anúncios de algo que você já comprou – ou não deseja mesmo. O remarketing inteligente que aplico segue algumas premissas:

  • Exclusão de quem já concluiu o objetivo, evitando desperdício de verba e desgaste de imagem.
  • Ajuste da frequência de exposição, para não cansar o usuário.
  • Testes de formatos: banners dinâmicos, e-mails, WhatsApp, push notifications e até abordagens em marketplaces.
  • Segmentação por comportamento: remarketing só para quem realmente mostrou intenção de compra ou interação relevante.

Esse é um campo onde vejo muitos erros, inclusive de grandes marcas. Mensurar tudo é fundamental – desde o retorno sobre o investimento até a experiência do usuário, analisando métricas como frequência, rejeição e recorrência.

Fluxo de remarketing multicanal para loja virtual

6. Melhoria contínua da experiência do usuário (UX)

Me surpreendo como lojas ainda perdem vendas por detalhes na navegação, tempo de carregamento e fluxo do checkout. Para trabalhar UX focado em crescimento, recomendo:

  • Analisar mapas de calor e gravações de navegação para detectar bloqueios do usuário.
  • Implementar testes A/B em banners, botões e páginas de produtos frequentemente.
  • Reduzir a quantidade de passos no checkout, além de oferecer opções de pagamento diversificadas.
  • Atentar para versões mobile: na maioria dos projetos, mais de 70% das visitas vêm do celular.

Ferramentas como Hotjar, Google Optimize e Seletor de Layouts (disponíveis em diversas plataformas de e-commerce) tornam esses testes rápidos e barateiam experimentos. Cada melhoria gera impacto mensurável em conversão e na satisfação do cliente.

Usuário satisfeito compra mais e indica de graça.

7. Ações para aquisição e retenção ao longo do ciclo de vida

Muitas lojas online estão presas só ao “trazer novos clientes” ou “vender para a base atual”. Quando entendi o ciclo de vida completo, percebi: precisamos atuar em todas as frentes com estratégias próprias. Exemplos práticos:

  • Programas de indicação que realmente recompensam quem traz amigos – simples, porém poderosos.
  • Push notifications personalizados para oferta de recompra (especialmente para produtos de consumo recorrente).
  • Pontuação para clientes fiéis e VIP, com acesso antecipado a lançamentos e promoções exclusivas.
  • Campanhas de reativação, brindes surpresa e convite para participar de comunidades privadas (WhatsApp, Telegram etc.).

Cliente fiel recebendo vantagens em loja online

Cultura orientada por dados e inovação: o segredo por trás de resultados consistentes

Não posso encerrar sem falar de cultura, porque estratégias são só a “ponta do iceberg”. Em todos os casos de sucesso em que participei, existia um compromisso compartilhado por:

  • Medir e interpretar dados (não apenas gerar relatórios que ninguém lê).
  • Abrir espaço para ideias novas e aceitar falhas de experimentos (isso exige coragem e liderança aberta ao aprendizado).
  • Manter o registro das hipóteses testadas: documentar o que deu certo ou não poupa dinheiro em campanhas futuras.
  • Colaboração entre áreas: misturar marketing, produto, atendimento e tecnologia para criar soluções integradas.

Nenhum software, automação ou estratégia funciona bem se as pessoas não estão comprometidas com a troca constante de informação e análise crítica do que está sendo feito. É comum que a busca por crescimento exponencial só seja possível onde há muito mais do que uma “mentalidade digital”: é cultura de questionamento, inovação e resultado.

Resultados reais: como medir e o que esperar das estratégias de crescimento

Frequentemente, vejo varejistas ansiosos por resultados rápidos, mas o growth marketing, embora ofereça “vitórias rápidas”, entrega seu maior valor no acúmulo de avanços graduais. O que costumo observar em projetos bem conduzidos:

  • Aumento de vendas com margens melhores – a personalização traz descontos mais inteligentes.
  • Recorrência crescente de clientes (clientes voltam mais vezes, custando menos para converter).
  • Redução de CAC (custo por aquisição) e aumento do LTV (valor do ciclo de vida dos clientes).
  • Escalabilidade comprovada, com processos padronizados que permitem replicar boas práticas e crescer sem perder eficiência operacional.

Assim, quando clientes procuram minha consultoria ou serviços da Selia Full commerce, faço questão de priorizar ações mensuráveis, com acompanhamento e aprendizado contínuo, construindo resultados sólidos – e evitando expectativas ilusórias de “explosão de vendas instantânea”.

Gráfico mostrando crescimento de vendas online

Conclusão: Crescer nunca foi tão previsível – e mensurável

Não existe mistério: o crescimento sustentável no e-commerce depende de estratégia clara, dados confiáveis e uma equipe comprometida em testar, ajustar e aprender rápido. O que já repeti em diversas mentorias, palestras e projetos é válido aqui – ninguém cresce sozinho, e resultados de verdade surgem quando todos estão focados em resolver os problemas reais dos clientes, não só em seguir modismos ou fórmulas prontas.

Se você entendeu como o growth marketing pode ser o divisor de águas na operação do seu e-commerce, o próximo passo é agir. Buscando fortalecer sua presença digital, aumentar conversões e levar seu negócio para um novo patamar? Conheça mais sobre meu trabalho como especialista, e entenda como a Selia Full commerce pode ajudar sua empresa a transformar dados em resultados concretos no seu universo digital. Crescimento não se espera. Se constrói, hoje.

Perguntas frequentes sobre growth marketing para e-commerce

O que é growth marketing em e-commerce?

Growth marketing em e-commerce é uma abordagem estratégica que busca o crescimento contínuo, baseando-se em análise de dados, experimentação com testes A/B, automação e ações personalizadas ao longo de toda a jornada do cliente. O foco principal é impulsionar vendas, retenção e escalabilidade, usando processos mensuráveis e adaptativos.

Como aplicar growth marketing na minha loja?

É fundamental iniciar organizando os dados disponíveis e escolhendo ferramentas de automação e CRM compatíveis com seu porte. Depois, desenvolva segmentações relevantes, personalize ofertas, agregue ações multicanal (e-mail, mídia paga, SEO), crie fluxos automáticos e teste diferentes abordagens via experimentação contínua. Sempre ajuste suas estratégias com base nos resultados destas análises, dando espaço para novas ideias e aperfeiçoamento recorrente.

Quais são as principais estratégias de growth para e-commerce?

Além dos pilares de dados e testes, as estratégias mais confiáveis que já implementei são:

  • Análises de cohort para detalhar segmentos e identificar padrões de comportamento;
  • Personalização de campanhas e ofertas, considerando todo o histórico do cliente;
  • Automação de e-mails e integração completa ao CRM;
  • Integração de SEO com mídia paga (SEM);
  • Remarketing segmentado e multicanal;
  • Foco intenso em melhorar a experiência do usuário (UX);
  • Ações combinadas para aquisição e retenção durante todo o ciclo de vida do cliente.

Growth marketing realmente aumenta as vendas online?

Sim, os resultados de projetos que acompanhei demonstram aumento significativo nas taxas de conversão, no valor médio dos pedidos e na fidelização de clientes. O uso coordenado de dados, personalização, automação e análises constantes realmente melhora vendas e a rentabilidade do negócio on-line. No entanto, os maiores ganhos aparecem de forma progressiva, com o passar dos meses e ciclos de ajuste.

Quanto custa implementar growth marketing no e-commerce?

O investimento depende do porte do negócio, das ferramentas escolhidas (algumas são gratuitas ou bastante acessíveis) e do ritmo desejado para implementação. Normalmente, recomendo iniciar pelo básico: ferramentas de CRM integradas à plataforma, automação de e-mails, análises de cohort e recursos simples de personalização. O grande retorno vem do aprendizado e ajuste contínuo, então o valor investido pode ser parcelado ao longo dos experimentos, evitando gastos desnecessários logo de início.

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Denis Strum

Especialista em marketing digital com mais de 15 anos de experiência na indústria.

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